Conhecendo uma lenda do Rock’n’Roll




Na minha adolescência, apesar de já conhecer inconscientemente algumas poucas músicas mais populares do rock, foi somente  com o heavy metal, hard rock e similares que eu realmente adotei esse estilo musical mais fortemente e realmente comecei a conhecer melhor o trabalho de bandas como Iron Maiden, Motörhead, Black Sabbath, AC/DC, King Diamond e afins, só para citar alguns exemplos.

Vamos pra aproximadamente o ano de 1997 quando o CD (Compact Disc) se tornava mais popular e aceito no mercado. Apesar disso, a tecnologia ainda era para poucos e os LP’s (Discos de vinil) ainda dominavam relativamente as rodas de amigos e lojas de usados, pois as fábricas, acredito que já estavam de portas fechadas nessa época.

O álbum Jive Bunny and the Mastermixers

 ACHO QUE FOI ASSIM...

Lembram do texto do meu primeiro DVD? Pois bem! Na época dos CDs, eu fiz o caminho contrário, eu havia comprado uns dois álbuns de CD em suaves parcelas mesmo não tendo ainda o aparelho para rodar a mídia. Mas logo mais eu compraria um 4x1 da CCE em 12 parcelas que parecia nunca findar.

ACONTECE

Que os CDs também não eram assim TÃO acessíveis, principalmente se o álbum era importado e não havia ainda sido lançado no Brasil. Pensem assim, imaginem que os valores daquela época sejam similares aos valores de álbuns de CDs “raros” que pipocam no Mercado Livre... é mais ou menos por aí.

As revistas com CD eram comuns nessa época

Logo mais, editoras começaram a lançar os CDs de áudio em revistas especiais ou mesmo, jornais lançando coleções em CD para quem era assinante ou não (na época eu comprava a cada mês uma coleção de CDs de música clássica), mas não lembro de qual periódico era. Mas os valores, em relação aos CDs das lojas especializadas, eram mais amigáveis.

VOU VOLTAR NO TEXTO UM POUCO

Antes de continuar, é importante destacar aqui uma coisa: Quando eu comecei a realmente me interessar pelo estilo musical de “metal pesado”, logo em seguida veio aquela vontade de conhecer mais a fundo cada banda que eu gostasse. Por isso, com as revistas sobre o assunto, como Rock Brigade e Metalhead, com entrevistas com integrantes de bandas que eu gostava, eu fui conhecendo as inspirações e influencias dessa galera.

TÁ BOM, MAS E DAÍ?

Daí que conforme eu ia lendo essas entrevistas, eu comecei a conhecer alguns nomes de lendas do Rock’n’Roll: Jerry Lee Lewis, Little Richards, Bill Halley and His Comets, Carl Perkins e…. Chuck Berry!
Lembram do início do texto? De conhecer inconscientemente algumas músicas? Pois é, pois na época, era muito popular aquele disco do Jive Bunny and the Mastermixers, apesar de eu gostar não fazia ideia dos músicos que faziam parte daquele remix.

A questão é que um belo dia ao início de um mês, fui na banca de revistas que comumente frequentava e lá estava uma revista com uma coletânea de sucessos do Chuck Berry em CD. Depois de tanto ouvir falarem sobre ele em entrevistas e nas revistas de metal, finalmente eu ia poder conferir o som que esse doido fazia.

O CD que comprei na época, depois troquei de "case" e incrementei a parte interna.

O CD abre com a música Rock and Roll Music que eu já havia escutado em algum lugar, eu conhecia a música, mas não fazia ideia de quem era. Ali, já me conquistou. Seguindo pelas faixas, todas ótimas, seguimos para a última: No Particular Place To Go. Epa! Eu conheço essa música! Não sabia que era do Chuck Berry, conheci essa música através de um cover da banda Toy Dolls.

É engraçado pensar que atualmente tudo isso é uma grande bobagem! Escutamos o nome por indicação de alguém e temos uma infinidade de opções para conhecer o trabalho de algum músico: seja pelo Spotify, Deezer, Youtube e etc, ou claro, a opção de baixar o MP3. Tudo ao seu alcance, instantaneamente.

Engraçado ou não, esse conhecimento fez eu não perder a oportunidade de comprar essa belezinha aqui, e nesse disco em questão, conheci o Little Richard!

[Acervo Pessoal] Na busca por um Toca Discos para rodar novamente essa belezinha!

Espero que tenham gostado desse texto, não esqueçam de compartilhar ele em suas mídias e até o próximo. Um grande abraço!

Red Hawk

Comentários

LGD disse…
Rapaz, atualmente a "garotada" não sabe como era difícil conhecer as bandas, mesmo os grandes clássicos. Década de 90 era sempre algum amigo ou primo do amigo do vizinho que era de cidade grande que aparecia com coisa nova, alguém que assistiu MTV ou teve acesso a um VHS (mal)gravado do amigo do tio do colega de classe. Era comum reunir os amigos para desbravar aquele som novo, ir na casa dos amigos fazer uma mix tape e tal.

CD de revista marcante para mim foram dois: um na época que trabalhei em banca, em uma coleção chamada Rock, que vinha com cantores de blues, ali conheci Sonny Boy Williamson, que anos depois, vim saber que era na verdade Sonny Boy Williamson II :P E outro caso espantosamente mais recente, meados de 2015/16, um entregador de jornal passou em frente ao trabalho de minha esposa e deixou cair da moto o CD Gladys Knight & The Pips, da coleção Soul & Blues da folha de S.Paulo... baita som.
Red Hawk disse…
@LGD
Olha, essa do VHS é verdade mesmo heim!? Conheci Blind Melon por causa de um clip de música que um amigo que tinha MTV gravou em um VHS, depois eu conheci algumas coisas em alguns programetes da TV aberta de clips. Realmente era uma dificuldade! hahaha
Rapaz mas que sorte sua heim? Sorte de catar um CD e azar do motoqueiro que o perdeu rsrs Grande abraço!

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